Certamente você já passou por este inconveniente que é a sensação da presença de água incomodando seu canal auditivo, especialmente se você estava nadando em piscina ou no mar, praticando qualquer outro esporte aquático, ou simplesmente na banheira.
E isso ninguém gosta, pois nos deixa numa condição de desconforto intenso. Nesses casos, precisamos agir corretamente e com segurança, sem fazer mais danos ao seu ouvido e tímpano.
A água causa uma sensação de coceira e pressão do seu ouvido, na direção do seu maxilar e garganta, e a audição pode ficar abafada. Em casos mais graves, pode levar à febre e dor no rosto, pescoço ou lado da cabeça.
Trata-se do ouvido do nadador, que é o tipo mais comum de infecção do ouvido em adultos e não deve ser confundida com a otite média, o tipo comum de infecção no ouvido infantil.
Pode apresentar dor e inflamação, quando o problema é causado por água contaminada em piscinas, banheiras de hidromassagem, parques aquáticos, fontes, lagos, rios ou oceanos
Mas além da água, há outros problemas que podem piorar o quadro, como usar qualquer instrumento com o intuito de melhorar a drenagem ou remover a cera. Eles podem agravar o problema ou induzir bactérias que podem causar infecção.
Segundo os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os germes podem ser espalhar com muita facilidade contaminando piscinas, banheiras de hidromassagem, parques aquáticos, lagos, rios ou oceanos.
“As infecções do ouvido podem ser causadas por deixar água contaminada no ouvido após a natação. Esta infecção, conhecida como ‘ouvido de nadador’ ou ‘otite externa’ não é a mesma que a infecção comum do ouvido médio na infância. A infecção ocorre no canal auditivo externo e pode causar dor e desconforto para nadadores de todas as idades”.
Caso não se resolva espontaneamente, veja as opções adequadas para remover a água dos ouvidos. Nunca use uma tampa de caneta, cotonete, grampo, agulhas de crochê ou até mesmo seus dedos em seus ouvidos, em um esforço para extrair a água, pois pode perfurar seu tímpano ou causar uma infecção.
1. Deixe a água drenar por conta própria. Basta puxar ou agitar o lóbulo da orelha para mudar a configuração do conduto auditivo, ao inclinar a cabeça em direção ao seu ombro.
2. Crie um vácuo inclinando a cabeça para o lado e, pressione a palma da mão firmemente sobre a orelha e afaste-a novamente várias vezes. Essa medida cria uma sucção e pode ajudar a remover a água.
Se você apresenta uma infecção no ouvido, tímpano perfurado ou drenos nos seus ouvidos (ou os da sua criança), as opções envolvendo gotas não são recomendadas.
3. Associe 1 medida de álcool para 1 medida de vinagre de maçã em um conta-gotas estéril. Coloque 3 a 4 gotas no ouvido, com a cabeça inclinada para o lado para deixar a solução funcionar por alguns minutos, depois drenar. Essa associação para pingar no ouvido pode ter o efeito combinado de ajudar na evaporação da água enquanto evita o crescimento bacteriano. O vinagre de maçã tem poderoso efeito antibacteriano, antiviral e antisséptico, e contribui para o processo de cura, eliminando inflamações e infecções, além de eliminar a dor.
4. Associe 1 medida de água mineral para 1 medida de peróxido de hidrogênio em um conta-gotas estéril. Isso pode ajudar a suavizar a cera e permitir que a água retida escorra do ouvido. Você poderá sentir um barulho de algo parecendo “efervescente”, até uma coceira profunda dentro de seu ouvido. Incline a cabeça para o lado, use 3 ou 4 gotas da solução e deixe-a agir por alguns minutos antes de drenar.
Prevenção
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É aconselhável às pessoas envolvidas em esportes aquáticos (ou na água com frequência por qualquer outro motivo) usar tampões para os ouvidos.
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Deve-se ficar atento ao risco de infecção, especialmente se a atividade aquática é de água de um lago ou rio sujeito à poluição.
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Nos indivíduos com eczema, psoríase ou uma doença crônica da pele, o cuidado deve ser maior ainda.
O ouvido do nadador é uma experiência das mais comuns entre nadadores, que pode durar até 3 semanas. Se o problema persistir, é aconselhável procurar um médico. Compartilhe!
Referências bibliográficas:
- Medical News Today February 1, 2017
- Livestrong April 13, 2015
- American Academy of Otolaryngology – Head and Neck Surgery 2017
- Medical News Today February 1, 2017
- CDC May 4, 2016
- Medical News Today January 17, 2017
Fonte: Dr. Rondó