Aqueles que estão ficando calvos devido à alopécia androgênica (calvície de causa genética) têm uma chance de evitar a calvície com o uso da finasterida, medicamento que atua bloqueando o processo que leva à diminuição progressiva dos cabelos.
Este processo está relacionado com a presença de um subproduto da testosterona no couro cabeludo, cuja formação pode ser bloqueada pelo remédio
Tratamento com Finasterida é eficaz na maioria dos casos
Segundo os estudos realizados pelo laboratório que pesquisou o seu uso para o tratamento da alopécia, a finasterida interrompe a evolução da calvície em 86% dos homens tratados.
O medicamento era originalmente utilizado para o tratamento do aumento da próstata. A observação de seus efeitos sobre a calvície de pacientes que utilizavam o produto para esta finalidade, chamou a atenção do laboratório que, reduzindo a concentração da finasterida, manteve os resultados sobre os cabelos e praticamente eliminou a incidência de efeitos colaterais.
Como atua a Finasterida?
A finasterida atua bloqueando a ação da enzima 5-alfa-redutase, que transforma a testosterona (hormônio masculino) em diidrotestosterona (DHT). O DHT é o hormônio que atua sobre os cabelos promovendo a sua miniaturização, cujo resultado final é a calvície.
Com o bloqueio da enzima, interrompe-se a formação do DHT e os cabelos que ainda não atrofiaram podem voltar a crescer, recuperando áreas que estavam rarefeitas.
O efeito de repilação ocorreu em 48% dos homens que usaram a finasterida por 1 ano e em 66% dos que usaram por dois anos (dados fornecidos pelo laboratório responsável pelos estudos).
Tratamento deve ser contínuo
Para manutenção do resultado, o tratamento deve ser contínuo pois, com a sua interrupção, o DHT volta ser formado e o processo de miniaturização dos cabelos volta a acontecer.
O tratamento deve ser prescrito e acompanhado pelo médico dermatologista que irá avaliar a necessidade de solicitar exames antes de iniciá-lo ou de associar outros medicamentos para a obtenção de melhores resultados.
Uso de Finasterida e Distúrbios Sexuais
O que temos hoje de comprovado, em estudos a longo prazo, feitos com metodologia científica comprovada, mostram que a finasterida pode provocar diminuição de libido em cerca de 1,8% dos pacientes, sendo que este efeitos podem desaparecer mesmo durante o tratamento ou, no máximo, até 3 meses após a interrupção do mesmo.
Devemos levar em conta que a disfunção erétil, nos seus vários graus, pode se manifestar por inúmeros motivos, em especial causa psicológicas, doenças sistêmicas como diabetes, hipertensão arterial e outras alterações vasculares, entre outros.
A Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração de Cabelos se posicionou sobre o assunto dizendo que até o momento não existem dados baseados em evidência que confirmem a relação entre finasterida e efeitos colaterais sexuais persistentes nos numerosos estudos realizados e bem conduzidos.
Diz ainda que milhões de pacientes já se beneficiaram deste tratamento sem efeitos colaterais ou com mínimos e reversíveis efeitos coletarais e que é importante que a comunidade médica verifique relatos anedóticos e, se necessário, conduza novos estudos para fornecer informações precisas de modo que os pacientes possam fazer escolhas acertadas quanto ao uso da medicação.
Medicação é segura e eficaz
Portanto cabe-nos tranqüilizar a população masculina que se utiliza desta importante arma para controle da alopecia androgenética (calvície), droga esta que é aprovada pelo FDA (órgão regulador de medicamentos dos EUA) e que, quando bem administrada, sob supervisão médica, apresenta-se como uma das melhores alternativas para minimizar a evolução da calvície, problema que atormenta milhões de homens, e também mulheres, em todo o mundo.
Fonte: Dermatologia.net